Mostrando postagens com marcador Saúde. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Saúde. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Cansaço físico e mental, como combatê-lo?

Esse é um texto de Carlos Torres

O cansaço físico que está sentindo é devido as novas frequências eletromagnéticas inteligentes que estão chegando do Sol Central. Estas estão mexendo radicalmente em nossas estruturas físicas, emocionais e espirituais. Como se fossemos apenas um aparelho de celular ligado a uma bateria de um imenso navio. Há muita energia vindo do mundo espiritual. Sendo assim há a necessidade de estabilização. O que fazer?

Mentalmente: 
  • Vibrar em alta ressonância, de preferência na mais alta energia possível, a energia da gratidão, da compaixão, da generosidade, da benevolência e do compartilhamento mútuo das ideias. 
  • Evitar julgamentos alheios, pois não sabemos realmente o que cada um veio passar nesta vida. 
  • Elevar o pensamento para coisas nobres ao invés de continuar compartilhando noticias fúteis e terríveis que teimam em se multiplicar pela televisão e mídias sociais. Faça diferente, encontre coisas boas nas pessoas e nas situações, elas existem, mas estão sendo esquecidas. 
  • Pare de reclamar e comece a agradecer, a gratidão é a energia que moldará o novo mundo. 
  • Quando um pensamento ruim vier, compreenda-o e imediatamente neutralize com outro superior e positivo. 
  • Quando um problema vier a sua mente, transmute a informação, procurando imediatamente a solução para o mesmo. Mude o foco, encontre coisas belas em você, em seu comportamento, pare de se mutilar energeticamente, todos nós temos coisas boas e algumas virtudes.
Fisicamente: 
  • Fazer exercícios calmos e concentrados, emitindo ao mesmo tempo que se faz, ondas azuis para todos os locais onde sente supostamente dores, desconforto ou fadiga muscular, transformando um simples exercício de alongamento e fortalecimento em um exercício vibracional quântico intensificado. 
  • Beber bastante água mineral, de preferência aquela que sai direto das pedras , pois traz fragmentos minerais puros do centro das montanhas, rochas e cristais. 
  • Evitar alimentos industrializados e com condimentos exagerados. Coloque para dentro do seu corpo coisas bonitas, saudáveis e que possuem vida, esqueçam de uma vez por todas bolachas hidrogenadas, fast foods e comidas sem vida. 
  • Coma frutas verdes regadas com mel, legumes regados a azeite, procure comer legumes que saem de dentro da terra como batata, beterraba, mandioquinha, mandioca, eles trazem força física e consciência para aterramento. 
  • Trocar a farinha de trigo por outra menos prejudicial como a tapioca, a farinha da mandioca. 
  • Tomar sol e agradecer enquanto faz isso. 
  • Mergulhar na água no mar, cachoeira ou na água de um rio corrente para entrar na frequência da Natureza.
  • Se sentir vontade de dormir mais do que o normal, durma, seu corpo precisa de estabilizar com as novas frequências, não é toa que ele está clamando por isso, não se preocupe você não está ficando velho, doente ou preguiçoso, é somente um processo de ajustamento.
  • Coma menos e melhor, não precisamos comer tanto quanto dizem que precisamos, o corpo físico trabalha melhor.
  • Se sentir vontade de ficar mais sozinho (a), fique, você não está ficando uma pessoa chata e ranzinza, é somente seu espirito pedindo para entrar em sintonia e querendo acalmar sua mente repleta de confusões.
Espiritualmente: 
  • Preste atenção na sua intuição, pois esta está chegando com força e é a primeira informação que chega do mundo espiritual diretamente em sua mente. 
  • Ouvir uma música boa, aquela que faz os pelos do seu braço arrepiar, sim, esta é capaz de produzir a ressonância com seu espírito. 
  • Preste atenção nas inspirações, pois elas vêm pura e simples e de forma muito rápida, sendo assim pode não conseguir anotar o que é recebido ou fazer no exato momento em que ela chega, quando isso ocorre, perdemos o contato e o espírito demora para trazer esta informação novamente. Inspiração é algo que seu próprio espírito lhe envia, não é um espírito terceiro ou um amparador, é você em manifestação futura e dimensão divina tentando conversar consigo mesmo.
Relacionamentos: 
  • Você não precisa mais gritar com ninguém, seu coração já não suporta mais gritos e discussões, ele só quer harmonia e entendimento, a época dos sofrimentos terminaram, quem ainda continuar nesta ideia terá que vivenciar grandes provações. 
  • Se for preciso se posicionar perante um relacionamento que não serve mais, posicione-se e faça o que precisa ser feito. 
  • Se for preciso mergulhar num relacionamento que lhe faz sentido e traz consigo a energia do amor verdadeiro, não tema, vá com convicção neste direção. O amor direciona, a mente confunde.
Trabalho: 
  • Seu espirito não está mais querendo fazer o que não preenche o seu propósito de vida. Ele está forçando-o a entrar com força total no seu centro de sinergia, aquele que sintoniza você com as forças mágicas do Universo. Se você não mudar e não melhorar sua relação com seu trabalho, infelizmente sua vida vai ficar cada vez mais vazia, mesmo que receba bastante dinheiro com ele, nada disso poderá dar um sentido real para a sua existência daqui em diante. 
  • Seu espirito só quer que as coisas se ajustem, ele luta por isso, mas você muitas vezes resiste e continua querendo controlar tudo mantendo-se na velha vida que não existe mais. A única saída é render-se e deixar que as novas inteligências modifiquem e direcionem sua vida. É preciso que a redenção esteja presente, pois somente assim o Universo natural saberá que você realmente confia nele. 
  • O novo mundo que está nascendo não aceita mais o medo como condição, não aceita mais a ideia da falta de suprimentos, da violência sem motivos praticada uns contra os outros, não aceita mais a ideia da esperança como um padrão de crença, mas somente a confiança, pois a palavra esperança no fundo é somente uma forma bonita de esperar por eterno amanhãs que nunca chegam. 
  • Não aceita mais a ideia de procurar a felicidade e ir em busca dela num futuro distante que talvez nem existe, o novo mundo só aceita a ideia de viver o presente com intensidade e compreender que a felicidade que tanto se busca no fundo está dentro do eterno presente, e esta energia se chama gratidão. Sim, a felicidade é a própria gratidão.

Não resista, a resistência traz cansaço físico, dor, irritação, descontentamento, falta de confiança, desarmonia, dores, doenças e tudo o que não faz mais sentido para sua vida. Parece fácil falar, no entanto, eu sei o que estou falando, pois passei por tudo isso, exatamente como vocês , e agora já estou vendo além do horizonte do campo de centeio, uma montanha cristalina que os mentores espirituais já conseguem me mostrar. A caminhada por este campo foi longa, parecia que nunca surgiria nada pela frente, como se fosse um imenso vazio utópico que nunca terminava, mas agora a visão é nítida e só há alegria em meu coração. Estou escrevendo este artigo, pois não quero sentir isso tudo sozinho. Todos que estão na busca espiritual encontrarão esta montanha, a montanha cristalina do novo mundo. A imagem dela é clara e surge todos os dias em meus sonhos, mas as hierarquias espirituais me dizem para não me preocupar como chegar até lá, pois o novo mundo não é um lugar, mas sim uma frequência, um estado vibracional que todos podem estar se assim desejarem. O estado da gratidão pura e silenciosa. O local onde a sintonia com seu espirito é perfeita e a tríade: corpo, mente e espírito se estabiliza para a projeção daquilo que vem de cima. Sintonia é o caminho, sintonia consigo mesmo, algo que ocorre entre você e seu espirito superior, essa é a verdadeira espiritualidade que os mentores desejam que alcancemos, espiritualizar não é chegar ao mais alto, mas sim o mais perto, o mais perto de si mesmo. Quando estamos completos e conectados, estamos em plena sintonia com o Todo e a partir daí todos os processos secundários se fazem presentes, digo por exemplo sobre a ajuda ao próximo.






quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Jejum Intermitente ou o Famoso JI

Hoje o que mais se houve falar é do jejum intermitente ou de dieta a base de low carb. Você já deve ter ouvido falar também ou tem alguma amiga, ou vizinha ou pessoa próxima que faz.
Nesse post, vou explicar um pouco mais sobre o Jejum Intermitente, mas vale lembrar que para qualquer tipo de dieta, o importante é sempre procurar um médico para poder te auxiliar melhor e tirar todas as suas dúvidas.


O que é Jejum Intermitente?

O jejum intermitente consiste em se fazer menos refeições por dia, porém mais saudáveis e mais balanceadas.

Qual é a lógica do JI?

Quando ingerimos muito carboidrato, o organismo aumenta a produção de insulina, o que reduz a taxa de glicose no sangue. Quando isso ocorre, logo vem a fome outra vez. 
Depois do corpo acostumar a ficar sem glicose, à disposição (produto da quebra dos carboidratos no organismo), os baixos níveis de insulina irão fazer com que a vontade de comer fique cada vez mais reduzida.
 Agora é a hora de iniciar o jejum com tranquilidade, pois seu corpo já está se utilizando da quebra de gordura de reserva para gerar energia.

Como funciona o JI?

O método mais comum, é fazer Jejum diariamente, por 16 horas, ficando as outras 8 horas livres para alimentação. Uma ideia seria almoçar e jantar dentro dessas 8 horas, e o restante do tempo jejuar.
Algumas pessoas juntam ao jejum intermitente a dieta Low Carb que tem como regra comer pouco índice de carboidrato, mas em outro post falo melhor sobre isso.
Em via de regra, o jejum não é tão penoso assim... Ok, no começo pode ser um pouco mais difícil, mas seu organismo irá se adaptar muito rápido.
Dentro desse jejum, pode-se apenas tomar líquidos não calóricos como: chás, cafés e qualquer bebida que não tenha açúcar ou que não tenha componentes sólidos. 

Os métodos de Jejum intermitente mais conhecidos são:
1 - Jejum de 16 horas
Como foi dito, é o mais comum, consiste em comer em uma janela de 8 horas por dia, e não comer nas outras 16 horas. Para facilitar, vou dar um exemplo:
Se você dorme das 23h as 7h, já são 8 horas de jejum. Basta adicionar 4 horas antes de dormir e 4 horas depois de acordar em jejum. Ou seja, acordar as 7h, almoçar depois das 11h e jantar antes das 19h.

2 - Jejum de 24 horas
Consiste em fazer 24 horas de jejum, duas vezes na semana. Exemplo: Se você jantar hoje as 20h, fique até amanhã as 20h sem comer nada. Repita outra vez na semana.

3 - Jejum de 36 horas
Este tipo de jejum, não é recomendado para qualquer um. Todos devem ser acompanhados por um profissional, mas esse mais ainda. Em alguns casos, as pessoas necessitam usufruir melhor e por mais tempo do JI, portanto é aqui que o Jejum de 36 horas se encaixa. O metabolismo começa a desacelerar depois de 60 horas de jejum, mas acelera depois de 36 a 48 horas de jejum.
Passar fome de verdade acontece depois de 3 dias sem comer, quando a principal fonte de energia é o catabolismo. O catabolismo é quando a massa muscular é transformada em aminoácidos que são utilizados como fonte energética. Podemos então concluir que o jejum até 36 horas é seguro e não desacelera o metabolismo.

4 - Dieta 5:2
Consiste em comer 2 dias na semana, apenas 500-600 calorias por dia. Nos outros dias a alimentação é normal (saudável e bem estruturada).

5 - Dieta do Guerreiro
Esta dieta consiste em comer durante o dia apenas vegetais (em alguns casos adiciona-se fruta) e durante a noite fazer uma refeição normal. Nessa dieta, a alimentação provem de “comida de verdade” (assim como a paleolítica), onde tudo que se come deve ser natural, o mínimo industrializado possível.

Mas o Jejum Intermitente realmente emagrece?

Existem inúmeras maneiras de fazer JI, além do que, esses citados são apenas os mais conhecidos. Pode ser que um profissional te oriente a fazer de outra forma, já que essas questões variam de pessoa para pessoa.
O jejum intermitente, assim como qualquer mudança brusca na alimentação, necessita do acompanhamento de um médico como já comentei acima.
Mas para perder peso, vale lembrar que você deve consumir menos caloria do que gasta. Não adianta fazer um jejum de 16 horas e na janela de alimentação se empanturrar de comidas pesadas ou carboidratos ou doces. Temque ter uma alimentação de qualidade e na quantidade suficiente.
Quando você fica em jejum, seu metabolismo acelera, aumenta a sensibilidade à insulina e começa a queimar as gorduras armazenadas em seu organismo
Exercícios também são bem vindos e auxiliam muito nessa perda de peso.

Quais os benefícios do JI?

O Jejum intermitente tem incontáveis benefícios, listados abaixo, estão alguns deles:
  • reduz a depressão
  • aumenta a concentração
  • diminui a ansiedade
  • acelera o metabolismo
  • ajuda a regular a pressão
  • auxilia no emagrecimento
  • propicia uma melhora hormonal
  • facilita o preparo da comida
  • para quem trabalha, são menos potinhos na mochila
  • menos fome, mais saciedade
  • aumenta os níveis de hormônio do crescimento
  • melhora a reparação celular 
  • O jejum induz a autofagia (o processo de eliminação de toxinas, reparação e autodestruição de células). A autofagia é importante para manter massa muscular e atrasa os efeitos degenerativos do envelhecimento.
  • reduz a resistência a insulina
  • reduz inflamações
  • previne certos tipos de câncer
  • reduz o colesterol ruim
  • pode prevenir o Mal de Alzheimer
  • O jejum de 40 horas aumenta o hormônio de crescimento em 5 vezes.

Quem pode fazer o JI?

As mulheres devem ter mais cautela ao fazer o Jejum. Alguns estudos mostraram que algumas mulheres podem piorar o nível de glicose fazendo JI. Por isso é importante o acompanhamento profissional e o principal, o teste. Se não estiver servindo para você, não faça. Simples assim.
Crianças, adolescentes, mulheres grávidas, diabéticos e idosos não devem fazer jejum intermitente em hipótese alguma.
Qualquer dúvida consulte um especialista.

O que preciso saber para começar o JI?

Água/líquidos: são liberados água, café sem açúcar, chá sem açúcar, e somente em casos extremos de fome ou fraqueza, suco de fruta puro. Um café na hora certa elimina o apetita e aumenta os benefícios de um jejum: estimula o metabolismo, suprime o apetite, aumenta os níveis de energia, melhora a concentração e aumenta a queima de gordura. E não esqueça de beber os devidos 2 litros de água por dia, além de fazer bem a sua saúde, a água também ajuda a enganar a fome.

Suplementação: polivitamínicos, creatinas, minerais, aminoácidos como BCAA’s, podem ser consumidos durante o Jejum intermitente. Não é apropriado tomar whey, albumina, e outros suplementos calóricos, pois assim você estará saindo do jejum.

Massa Muscular: algumas pessoas pensam que fazendo JI, perderão massa muscular. Assim como na alimentação normal, vai depender da quantidade e qualidade da comida ingerida. Quem treina e busca hipertrofia deve ter em mente que a alimentação durante as janelas devem suprir todas as necessidades para o aumento de massa magra. Se tudo estiver nos conformes, nenhuma grama de massa será perdida, possivelmente ocorrerá um aumento dela.

Café da manhã: quem faz o JI de 16/8 costuma tomar café puro ou com adoçante de manhã para tirar uma possível fome matinal. Caso a fome seja muito grande (não passe fome, em hipótese alguma isso faz bem), coma uma fruta não muito calórica (uma maça está ótimo) . Nos primeiros dias é comum sentir fome de manhã, principalmente quem ainda não está acostumado com a dieta.

Exercícios e treinos: procure treinar dentro do horário de alimentação, se não for possível e você for obrigado a treinar em jejum, tome BCAA’s no pré treino. Lembre-se de fazer uma refeição caprichada no pós treino, caso busque hipertrofia. Há controvérsias sobre treinos e aeróbicos em jejum, portanto, se sentir qualquer desconforto suspenda a atividade.
Mas se quiser fazer um exercício moderado dentro do jejum, opte por uma caminhada simples que já ajuda a queimar calorias

Dicas Finais: o Jejum Intermitente, é uma mudança brusca e significativa na sua alimentação. Para evitar possíveis desconfortos, danos a saúde, e outros problemas, tenha em mente que você deve ter uma alimentação saudável. Não adianta fazer JI e quando for comer, se entupir de porcarias.
E não menos importante, não deixe de procurar a ajuda de um profissional para fazer exames e ver se está tudo seguindo bem.


sábado, 26 de março de 2016

Misofonia



O que é Misofonia?

A misofonia é também conhecida como a Síndrome de Sensibilidade Seletiva do Som (SSSS ou S4). Sentir-se irritada com o som de um pingar de uma torneira, ruído de uma pessoa mascando chiclete, clique de uma caneta podem ser sintomas de que você está sofrendo de misofonia.
O termo significa “miso” ódio “fonia” som, as pessoas que sofrem dessa enfermidade reagem de forma irracional diante de sons específicos. Não se deve confundir essa reação com hiperacusia, que consiste em perceber certos sons de um modo anormal, muito alto e acompanhado de dor física.
Muitas pessoas tem sofrido desse transtorno auditivo durante muitos anos sem saber, uma vez que não foi reconhecido como enfermidade até a década de 90. Desse modo a misofonia tem sido praticamente um mistério a nível mundial.

Quais os sintomas de Misofonia?

Os sintomas de misofonia só aparecem no final da infância, apesar de que podem aparecer em qualquer idade. Normalmente a reação desencadeia um som específico e depois vai sendo acrescentados a outros sons.
Ao se escutar um som detonante as pessoas com misofonia reagem com irritabilidade, raiva,pânico e até mesmo com violência.
Existem graus distintos de misofonia e sua gravidade pode ser medida através de uma escala de ativação de mesofonia (MAS 1 em inglês) em que se diferencia em 11 níveis.

Qual o tratamento para a Misofonia?

Enquanto algumas pessoas tentam encobrir os ruídos detonantes com música, outras pessoas simplesmente tentam evitá-los. As consequências da misofonia podem chegar a ser muito sérias, dependendo de sua gravidade.
O paciente deixa de se relacionar com as pessoas, de envolver-se com atividades sociais e podem até mesmo abandonar o lar.
As vítimas de misofonia sentem-se alienadas e incompreendidas porque as pessoas as consideram histéricas e muito sensíveis. Muitas vezes consultar o médico para um diagnóstico ajuda no sentido de provar que não se trata de equívoco.
O médico pode recomendar distintos tipos de tratamento,como por exemplo, a terapia de retreinamento de tinnitus e a terapia cognitiva-condicional que apesar de não curarem a misofonia ajudam o paciente a aceitá-la. Até mesmo só o fato de falar de sua enfermidade com o médico já pode ser uma grande ajuda.


O Fantástico fez uma matéria sobre o assunto em 08/2014.

Mas fique atento e procure um médico antes de se auto-diagnosticar pois existem outras doenças que tem os sintomas parecidos e somente um médico poderá ajudar a se descobrir e descobrir qual o tipo de doença que tem.

quinta-feira, 17 de março de 2016

Endometriose

O que é Endometriose?

Doença caracterizada pela presença do endométrio – tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga.
Todos os meses, o endométrio fica mais espesso para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Quando não há gravidez, esse endométrio que aumentou descama e é expelido na menstruação. Em alguns casos, um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando a lesão endometriótica. As causas desse comportamento ainda são desconhecidas, mas sabe-se que há um risco maior de desenvolver endometriose se a mãe ou irmã da paciente sofrem com a doença.
É importante destacar que a doença acomete mulheres a partir da primeira menstruação e pode se estender até a última. Geralmente, o diagnóstico acontece quando a paciente está na faixa dos 30 anos.
Hoje, a doença afeta cerca de seis milhões de brasileiras. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) podem desenvolvê-la e 30% tem chances de ficarem estéreis.
Fonte: Dr. Sergio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

Quais os sintomas da Endometriose?
Os principais sintomas da endometriose são dor e infertilidade. Aproximadamente 20% das mulheres têm apenas dor, 60% têm dor e infertilidade, e 20% apenas infertilidade.
Existem mulheres que sofrem dores incapacitantes e outras que não sentem nenhum tipo de desconforto. Entre os sintomas mais comuns estão:

• Cólicas menstruais intensas e dor durante a menstruação;
• Dor pré-menstrual;
• Dor durante as relações sexuais;
• Dor difusa ou crônica na região pélvica;
• Fadiga crônica e exaustão;
• Sangramento menstrual intenso ou irregular;
• Alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação;
• Dificuldade para engravidar e infertilidade.

A dor da endometriose pode se manifestar como uma cólica menstrual intensa, ou dor pélvica/abdominal à relação sexual, ou dor “no intestino” na época das menstruações, ou, ainda, uma mistura desses sintomas.

Fontes: 
Dr. Sergio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
Lima, Geraldo Rodrigues de; Girão, Manoel J.B.C.; Baracat, Edmund Chada. Endometriose. In: Ginecologia de Consultório. 2003.1ª Edição. P.165-173. Editora de Projetos Médicos. São Paulo-SP.

Como se descobre a Endometriose?

A endometriose ainda é uma doença difícil de diagnosticar por meio do exame físico, ou seja, realizado durante a consulta ginecológica de rotina. Dessa forma, os exames de imagem são mais adequados para indicar a possível existência do problema, que será confirmada posteriormente por meio de exames laboratoriais específicos.
Entre os exames de imagem que podem sinalizar a endometriose, destacam-se:

Ultrassonografia transvaginal – Procedimento de menor custo, que permite a identificação de endometriomas, aderências pélvicas e endometriose profunda.

Ressonância magnética – Exame mais caro, a ressonância magnética apresenta melhores taxas de sensibilidade e especificidade na avaliação de pacientes com endometrioma e endometriose profunda.

Para identificar a existência da endometriose, outros exames complementares ainda podem ser solicitados pelo médico, como a ultrassonografia transretal, a ecoendoscopia retal e a tomografia computadorizada. Após a identificação de alguma alteração, o médico poderá optar por realizar uma biópsia da lesão encontrada, de modo a confirmar o diagnóstico. Essa avaliação será realizada por meio de exames chamados laparoscopia e laparopotomia.

Laparoscopia – Permite tanto o diagnóstico como o tratamento da paciente. O procedimento é realizado através de pequenas incisões na barriga, e a introdução de instrumentos telescópicos para a visualização, e se for o caso, para a retirada das lesões. A laparoscopia também permite a coleta de material para avaliação histológica e o tratamento cirúrgico das lesões. O ideal é que seja realizado após o término da fase de avaliação por meio dos métodos de imagem, permitindo que o diagnóstico e o tratamento possam ser feitos de maneira integrada – e evitando, assim, múltiplos procedimentos. A Laparoscopia é mais vantajosa que a Laparotomia, porque envolve um menor tempo de hospitalização, anestesia e recuperação, além de permitir uma melhor visualização dos focos da doença.

Laparotomia – É o procedimento tradicional e considerado mais invasivo em comparação à Laparoscopia. Envolve uma incisão abdominal maior para acessar os órgãos internos, e pode ser indicada pelo médico dependendo das necessidades da paciente.

Hoje em dia, no entanto, existem diversos tipos de tratamentos não invasivos, que podem reduzir o número total de procedimentos a que a paciente é submetida. Vale ressaltar que a endometriose é uma doença crônica, e por isso o acompanhamento médico contínuo é fundamental.

Fonte:
PASSOS, Eduardo Pandolfi. et al. Videolaparoscopia. In: FREITAS, Fernando. (autor) et al. Rotinas em Ginecologia. Porto Alegre: Artmed, 2011, pp. 302-322.
SOUZA, Carlos Augusto B. et al. Endometriose. In: FREITAS, Fernando. (autor) et al. Rotinas em Ginecologia. Porto Alegre: Artmed, 2011, pp. 144-158.
UENO, Jogi. Laparoscopia x Laparotomia. Disponível em: < http://laparoscopiaginecologica.net.br/2013/07/laparoscopia-x-laparotomia/>. Acesso em 18 jul. 2013.

Como prevenir a Endometriose?

A endometriose é uma doença benigna, que se caracteriza pela proliferação do tecido chamado endométrio para fora da cavidade uterina, local em que ele normalmente se desenvolve. O crescimento do endométrio faz parte do ciclo reprodutivo da mulher. Ao longo desse período, o tecido cresce, e quando não ocorre gravidez ele é eliminado em forma de menstruação. Entretanto, em algumas mulheres algumas células desse tecido migram no sentido oposto, podendo subir pelas tubas e chegar à cavidade abdominal, multiplicando-se e provocando a endometriose.
Não há consenso médico sobre as causas que levam ao desenvolvimento da endometriose, de modo que ainda é difícil falar diretamente em prevenção. Entretanto, diversos estudos sobre as características das mulheres que têm a doença ajudam a medicina a se aproximar de maiores respostas.
Enquanto alguns fatores de risco para a endometriose são bem conhecidos, ainda não é claro como determinados comportamentos, tais como o uso de determinados medicamentos, drogas, entre outros fatores, poderiam aumentar ou diminuir as chances de desenvolver a doença.
Alguns estudos associam o padrão menstrual à ocorrência de endometriose: pacientes com fluxo mais intenso e mais frequente teriam mais risco de apresentar a doença.
A relação entre o uso de pílula anticoncepcional e a endometriose ainda é polêmica: há pesquisadores que encontraram aumento de risco, e outros que indicaram a redução ou ausência de efeito. Como alguns anticoncepcionais orais são utilizados por mulheres que apresentam cólicas menstruais (dismenorreia primaria), e a endometriose causa dor pélvica (dismenorreia e dispareunia), a pílula é muitas vezes prescrita para mulheres que têm a doença, sem que se tenha descoberto alguma relação de causa e efeito entre elas.
Filhas e irmãs de pacientes com endometriose têm maior risco de também desenvolver o problema. A identificação genética poderia ajudar a entender melhor a doença, mas é ainda difícil saber o quanto os genes realmente são relevantes em relação a outros fatores, como etnia e fatores ambientais.
Consumir muito álcool e cafeína são hábitos que têm sido associados ao aumento do risco ou piora do quadro de endometriose, enquanto fazer atividades físicas parece diminuir as chances de desenvolver a doença.
Com um debate científico ainda bastante acalorado sobre as causas da endometriose, o melhor que as pacientes podem fazer para manter a saúde em dia é consultar regularmente o ginecologista. Observar os sintomas e conhecer seu corpo também são atitudes que ajudam a perceber alterações, indicando a necessidade de voltar mais cedo ao consultório.

Fontes:
SOUZA, Carlos Augusto B. et al. Endometriose. In: FREITAS, Fernando. (autor) et al. Rotinas em Ginecologia. Porto Alegre: Artmed, 2011, pp. 144-158.
VARELLA, Drauzio. Endometriose: entrevista. Disponível em: < http://drauziovarella.com.br/mulher-2/endometriose-3/>. Acesso em 19 jul. 2013.

Tratamentos e Cuidados

Dois tipos de tratamento podem ser usados para combater as dores da endometriose: medicamentos ou cirurgia. Cada um deles tem suas especificidades, e cabe ao ginecologista avaliar a gravidade da doença em cada caso e recomendar o melhor tratamento. Vale lembrar que, dependendo da situação, ambos os procedimentos são feitos de maneira integrada.

Tratamento cirúrgico:
Nesse procedimento, a endometriose é removida por meio de uma cirurgia chamada laparoscopia. Em alguns casos, é possível eliminar apenas os focos da doença ou as complicações que ela traz – como cistos, por exemplo. No entanto, em situações mais sérias, o procedimento precisará até remover os órgãos pélvicos afetados pela enfermidade. Dependendo das condições da doença, é possível recorrer a tratamento por laparoscopia, com laser.
Também é possível a realização da videolaparoscopia, na qual diagnosticará o número de lesões, aderências, a obstrução tubária e já tratar a doença.

Tratamento com medicamentos:
Existem diversos medicamentos disponíveis no mercado para tratar a endometriose, como: analgésicos, anti-inflamatórios, análogos de GNHR, Danazol e Dienogeste. Atualmente também é possível reduzir os sintomas utilizando o DIU com levonorgestrel.
Antes de começar o tratamento, caso a paciente deseje engravidar, poderá ser indicado o encaminhamento para um Centro de Reprodução Humana, pois a melhor alternativa para a mulher que possui endometriose e deseja ter filhos é a fertilização in vitro. Isso porque a presença da endometriose não afeta as taxas de gravidez quando escolhido esse método.
É importante compreender que não existe cura permanente para a endometriose. O objetivo do tratamento é aliviar a dor e amenizar os outros sintomas, como favorecer a possibilidade de gravidez e diminuir as lesões endometrióticas.

Fonte: Dr. Sergio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP

9 perguntas e respostas sobre endometriose e gravidez

1- De que maneira a endometriose causa infertilidade?
A doença pode causar aderências extensas entre os órgãos, ou seja, deixá-los grudados uns nos outros, o que faz com que ocorra o fechamento ou entupimento das tubas uterinas, impedindo o encontro entre o óvulo e o espermatozóide. Além disso, por conta das aderências, a tuba e o ovário podem ficar fixos ou distantes um do outro, o que impede a captação do óvulo produzido pelo ovário. A receptividade do embrião no endométrio --local em que ele se implanta-- também sofre alterações graças à ação de substâncias produzidas pela doença.

2 - A gravidez é benéfica para quem tem endometriose?
Como muitas pacientes com endometriose tem queixa de infertilidade, a gestação sempre costuma ser bem-vinda. Durante a gravidez existe a produção da progesterona, hormônio que dificulta o crescimento dos focos de endometriose, mas essa produção hormonal não é capaz de eliminar os focos de endometriose. Portanto, ainda que a gravidez seja benéfica para quem tem endometriose, ela não é capaz de curar a doença, apenas deixa os focos sem crescimento.

3 - Mulheres com endometriose têm maior risco de ter aborto?
Não necessariamente. Alguns estudos relacionam a doença a um maior risco de abortamento, no entanto, vários especialistas discordam, pois há causas mais relevantes que levam ao aborto, como malformações uterinas. A endometriose aumenta o risco de gravidez ectópica (que ocorre fora do útero). No entanto, caso a mulher tenha um histórico de abortos recorrentes, o especialista pode indicar a retirada dos focos de endometriose por meio de cirurgia.

4 - O bebê de quem tem endometriose tem chances de nascer com problemas?
Não. Nenhum estudo comprova que exista qualquer relação entre a endometriose e a chance de ter um bebê com problemas. O risco de malformações e problemas genéticos é igual ao de uma mulher que não tem a doença.

5 - Gravidez de quem tem endometriose é considerada de alto risco?
Não. A gestação é semelhante a da não portadora da doença. Como o hormônio da gravidez (progesterona) dificulta o crescimento dos focos da endometriose, a gestação protege a mulher da doença, ainda que não seja capaz de curá-la. No entanto, em casos graves de endometrioses extensas que atinjam o intestino ou os ureteres, é possível que a gestante precise passar por uma cirurgia de urgência para desobstruir o intestino ou as vias urinárias.

6 - O exame para detectar endometriose aumenta as chances de gravidez natural?
A HSG (histerossalpingografia) é feita em centros radiológicos e avalia se a cavidade e as tubas uterinas estão comprometidas pela endometriose. As mulheres que fazem o exame costumam ter mais chance de engravidar até seis meses depois do procedimento. O médico introduz uma pequena cânula no colo do útero e injeta uma substância radioativa que percorre o interior do útero e das tubas. Quando as tubas estão abertas, o líquido cai dentro da barriga, o que é comprovado na radiografia. Nessa avaliação, ocorre uma espécie de "lavagem" do interior da tuba, que pode desobstruir pequenas aderências. Além disso, a própria substância utilizada traz benefícios para as células das tubas, facilitando o encontro do espermatozóide com o óvulo.

7 - O uso de hormônios aumentam as chances de engravidar?
Não. Nenhum hormônio é capaz de aumentar as chances de engravidar naturalmente nas pacientes com endometriose, porém o uso de análogos do GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina) antes da fertilização in vitro aumentam as taxas de gravidez no tratamento.

8 - Quais opções de tratamento para a infertilidade da mulher com endometriose?
Há dois tipos de tratamento: a cirurgia ou as técnicas de reprodução assistida. A cirurgia para retirar os focos de endometriose deve ser realizada preferencialmente por laparoscopia --procedimento minimamente invasivo-- e a taxa de gravidez natural chega a 50% dos casos. Nas técnicas de reprodução assistida, há as opções de inseminação artificial ou FIV (fertilização in vitro). No caso das mulheres que não apresentam nenhum problema nas tubas uterinas, a inseminação artificial --colocação dos espermatozoides no útero-- é uma boa opção. No entanto, caso a paciente tenha uma endometriose profunda, a indicação é a FIV. Nela os embriões já fecundados são inseridos no útero, pois a doença dificulta o processo de captação do óvulo pelas tubas uterinas.

9 - Fertilização in vitro prejudica a endometriose?
Não necessariamente. Para realizar a fertilização in vitro é necessário um grande estímulo dos ovários, levando a um aumento acentuado dos níveis do estrogênio, o que pode fazer com que os focos de endometriose cresçam mais rapidamente. Caso a paciente tenha uma lesão grave no intestino ou nas vias urinárias, podem ocorrer obstruções nesses órgãos, quadro considerado grave. Por isso, antes do procedimento, os especialistas indicam que os médicos solicitem uma ressonância da pelve, para detectar quão profunda é a endometriose. Para diminuir os riscos de obstruções, os médicos ainda podem utilizar agonistas do GnRH, substâncias que baixam os níveis de estrogênio, atrofiando a endometriose, ou mesmo pílulas contraceptivas, alguns meses antes da fertilização.

Fontes: Arnaldo Cambiaghi, diretor do Centro de Reprodução Humana do IPGO (Instituto Paulista de Ginecologia Obstetrícia e Medicina da Reprodução)
 Marco Aurelio Pinho de Oliveira, chefe do Ambulatório de Endometriose do HUPE-UFRJ (Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro) 
e autor do livro "Endometriose Profunda — O que Você Precisa Saber" (editora DiLivros).

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Entenda o Mal de Alzheimer


O que é Alzheimer?

O Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa que provoca o declínio das funções intelectuais, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social e interferindo no comportamento e na personalidade. De início, o paciente começa a perder sua memória mais recente. Pode até lembrar com precisão acontecimentos de anos atrás, mas esquecer que acabou de realizar uma refeição. Com a evolução do quadro, o alzheimer causa grande impacto no cotidiano da pessoa e afeta a capacidade de aprendizado, atenção, orientação, compreensão e linguagem. A pessoa fica cada vez mais dependente da ajuda dos outros, até mesmo para rotinas básicas, como a higiene pessoal e a alimentação.

Qual a causa do Alzheimer?

A causa do Alzheimer é desconhecida, mas seus efeitos deixam marcas fortes no paciente. Normalmente, atinge a população de idade mais avançada, embora se registrem casos em gente jovem. Os cientistas já conseguiram identificar um componente genético do problema, só que estão longe de uma solução.


Quais os sintomas de Alzheimer?

Um aspecto fundamental do Alzheimer é a manutenção do chamado estado de alerta. A doença não reduz o estado de consciência. O paciente responde tanto aos estímulos internos quanto aos externos. Pode responder mal ou errado, mas está de "olho aberto", acompanhando as pessoas e tudo o que acontece em sua volta. Muitas vezes, os sintomas mais comuns, como a perda da memória e distúrbios de comportamento, são associados ao envelhecimento.
Mesmo com uma aparência saudável, os portadores do Mal de Alzheimer precisam de assistência ao longo das 24 horas do dia. O quadro da doença evolui rapidamente, em média, por um período de cinco a dez anos. Os pacientes, em geral, morrem nessa fase.

Como diagnosticar o Alzheimer?

Diagnosticar alguém com o Mal de Alzheimer não é tarefa fácil. A família do idoso imagina que se trata apenas de um problema consequente da idade avançada e não procura a ajuda de um especialista. Ao notar sintomas do Alzheimer, o próprio portador tende a escondê-los por vergonha. A família precisa estar atenta e, se identificar algo incomum, deve encaminhar o idoso à unidade de saúde mais próxima, mesmo que ela não tenha um geriatra ou um neurologista. É preciso diferenciar o esquecimento normal de manifestações mais graves e frequentes, que são sintomas da doença. Não é porque a pessoa está mais velha que não vai mais se lembrar do que é importante.
O acompanhamento médico é essencial para que se identifique corretamente a existência ou não do Alzheimer. Outras doenças, como a hipertensão - que dificulta a oxigenação do cérebro -, também podem originar falta de memória e sintomas de demências. Existem também demências que podem ser tratadas, como a provocada pelo hipotireoidismo.

Existe tratamento para o Alzheimer?

O SUS oferece, por meio do Programa de Medicamentos Excepcionais, alguns remédios utilizados para o tratamento do Alzheimer. É bom lembrar que os medicamentos não impedem a evolução da doença, que não tem cura. Os medicamentos para a demência têm alguma utilidade no estágio inicial, podendo apenas amenizar ou retardar os efeitos do Alzheimer.

1ª. Tratamento dos distúrbios de comportamento:

Para controlar a confusão, a agressividade e a depressão, muito comuns nos idosos com demência. Algumas vezes, só com remédio do tipo calmante e neurolépticos pode ser difícil controlar. Assim, temos outros recursos não medicamentosos, para haver um melhor controle da situação.

2ª. Tratamento específico:

Dirigido para tentar melhorar o déficit de memória, corrigindo o desequilíbrio químico do cérebro. Certas drogas podem funcionar melhor no início da doença, até a fase intermediária. Porém, seu efeito pode ser temporário, pois a doença de Alzheimer continua, infelizmente, progredindo. Estas drogas possuem efeitos colaterais (principalmente gástrico), que podem inviabilizar o seu uso. Também há o fato de que somente uma parcela dos idosos melhoram efetivamente com o uso destas drogas chamadas anticolinesterásicos, ou seja, não resolve em todos os idosos demenciados. Um certo medicamento lançado recentemente é um antagonista não competitivo dos receptores NMDA do glutamato. É mais usado na fase intermediária para avançada do Alzheimer, melhorando, em alguns casos, a dependência do portador para tarefas do dia a dia.
A família e a sociedade podem dar um grande apoio aos pacientes do Alzheimer. A Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) é formada por familiares dos pacientes e conta com a ajuda de vários profissionais, como médicos e terapeutas. A associação promove encontros para que as famílias troquem experiências e aprendam a cuidar e a entender a doença e seus efeitos na vida dos idosos. Para a coordenadora de Saúde do Idoso do Ministério da Saúde, Neidil Espínola, mesmo com o desgaste, as famílias podem entender que, se o paciente sofre de uma doença incurável, pelo menos ele pode ser cuidado e receber carinho.


Perguntas frequentes

1) Por que interditar a pessoa portadora da doença de Alzheimer?

Um dos grandes problemas causados pela doença de Alzheimer é a redução da capacidade de discernimento, isto é, o doente não consegue entender a consequência dos seus atos, não manifesta a sua vontade, não desenvolve raciocínio lógico por causa dos lapsos de memória e perde a capacidade de comunicação, impossibilitando que as pessoas o compreendam. Por isso, a lei o considera civilmente incapaz.
A interdição serve como medida de proteção para preservar o paciente de Alzheimer de determinados riscos que envolvem a prática de certos atos como, por exemplo, evitar que pessoas "experientes" aproveitem-se da deficiência de discernimento do paciente para efetuar manobras desleais, causando diversos prejuízos, principalmente, de ordem patrimonial e moral.
Como exemplo, podemos citar a venda de um imóvel ou de um veículo, retirada de dinheiro do banco, emissão de cheques, entre outros.
A interdição declara a incapacidade do paciente de Alzheimer que não poderá, por si próprio, pratica ou exercer pessoalmente determinados atos da vida civil, necessitando, para tanto, ser representado por outra pessoa. Esse representante é o curador.

2) Como interditar o paciente de Alzheimer?

A interdição do paciente de Alzheimer é feita através de processo judicial, sendo necessário, para tanto, a atuação de um advogado. Entretanto, em alguns casos específicos, o Ministério Público poderá atuar, sendo, nesse caso, desnecessária a representação por advogado. No processo de interdição, o paciente será avaliado por perito médico que atestará a capacidade de discernimento da pessoa. O laudo emitido servirá de orientação para o juiz decidir pela intervenção, ou não. Além disso, o paciente deverá ser levado até a presença do juiz (se houver possibilidade) para que este possa conhecê-lo.

3) Quem é o curador?

Curador é o representante do interditado (no caso, o doente de Alzheimer) nomeado pelo juiz, que passará a exercer todos os atos da vida civil no lugar do paciente interditado. Irá administrar os bens, assinar documentos, enfim, cuidará da vida civil do paciente de Alzheimer.
Para facilitar a compreensão, é só imaginar a relação existente entre os pais e o filho menor de idade. A criança não pode assinar contratos, quem os assina em seu lugar são seus pais. A criança também não pode movimentar conta no banco, necessitando da representação dos seus pais para tanto. Com a interdição, podemos comparar o paciente interditado como sendo a criança, e os pais, o curador.

4) E a "procuração de plenos poderes", não possui a mesma finalidade da interdição?

Não, a interdição é mais ampla. Se o paciente de Alzheimer não for interditado, todos os atos praticados por ele serão válidos, a princípio. Ao passo que, se ele for interditado, seus atos serão NULOS. A procuração, por sua vez, não tem esse "poder", apenas confere ao representante o direito de atuar dentro dos limites a ele conferido na procuração, geralmente administrar patrimônio e assinar documentos - o paciente poderia praticar atos autônomos causando uma série de prejuízos. Atos, estes, que serão tidos como válidos, se praticados com boa-fé. Muitas vezes, a procuração se torna inviável porque o paciente não consegue assiná-la.

5) O que é o auxílio-cuidador pago pelo INSS?

É o acréscimo de 25% ao valor da aposentadoria quando o segurado, aposentado por invalidez, necessita de assistência permanente de outra pessoa. Muitas confusões são feitas em relação a este benefício.
Ele não é devido a quem necessita de um cuidador permanente, mas, sim, a quem se aposentou por invalidez devido a uma doença que precisa de cuidador em tempo integral.

6) O que é o benefício da prestação continuada paga pelo INSS?

É a garantia de um salário mínimo mensal, pago pelo INSS, à pessoa portadora de deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais, que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção, nem de tê-la provida por sua família. Para ter direito a esse benefício, o idoso não precisa ter contribuído à Seguridade Social, mas precisa provar que sua família possui renda mensal per capta (por pessoa da família) inferior a 1/4 do salário mínimo. Exemplo: um idoso com mais de 65 anos que resida na casa de sua filha, com o genro e mais dois netos. No caso de somente o genro trabalhar e ganhar R$ 1.000,00 por mês. Dividiremos R$ 1.000,00 por cinco pessoas (casal, dois filhos e o idoso), obteremos R$ 200,00 por pessoa - valor menor que um salário mínimo. Assim, nesse exemplo, o idoso tem direito ao benefício.




APAZ - Associação de Parentes e Amigos de Pessoas com Alzheimer, Doenças Similares e Idosos Dependentes: http://www.apaz.org.br/

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Dislexia

Hoje vamos inaugurar o marcador "Saúde" com esse excelente vídeo falando sobre Dislexia.
Este vídeo faz parte do filme "Como estrelas na terra".
É um filme lindo, quem ainda não assistiu, fica a recomendação.
O filme conta a história de um menino e 9 anos chamado Ishaan Awasthi que sofre de dislexia e estuda em uma escola normal repetindo uma vez o terceiro período. O menino diz que as letras dançam em sua frente e não consegue acompanhar as aulas e nem prestar atenção. Seu pai o trata com rispideza e é claro que não acredita no problema do filho, acha que é falta de interesse da parte dele. Quando o pai é chamado na escola para conversar com a diretora, ele decide levar o filho a um internato. O menino fica com menos vontade de aprender e de ser uma criança, ele acaba ficando deprimido, sente a falta da mãe, do irmão mais velho e da vida. A filosofia do internato é "Disciplinar Cavalos Selvagens". De repente aparece um professor substituto de artes que tinha uma metodologia própria, diferente das regras do internato. Quando o professor conhece Ishaan, percebe que o menino sofre de dislexia e decide ajudá-lo. Este não era um problema desconhecido pelo professor já que quando pequeno teve o mesmo problema e decide tirar o garoto do abismo no qual se encontrava . Ele ensinou Ishaan a ler e escrever, a partir desse momento o menino vai superando a pressão da família e suas próprias limitações. O filme mostra a importância do professor e seu poder de transformação nos alunos e como deve ensinar de forma a estimular a compreensão deles tornando a sala de aula, um lugar agradável e estimulante. Na escola onde Ishaan estudava, os professores só corrigiam os erros gramaticais dele e não percebiam que ele era uma criança especial, que precisava ser compreendida, e junto com seu professor pode ampliar seus conhecimentos, desenvolvendo a habilidade de leitura e escrita. O educador consegue mobilizar a escola a respeito da diversidade que existe na sala de aula, mostrando que é possível fazer com que o aluno desenvolva sua capacidade de aprendizagem a partir da compreensão e do incentivo. 
O filme mostra uma lição de vida. Um garoto que foi tratado com respeito por um professor, que soube valorizar e entender as diferenças, usa como forma de expressão a arte, incentivando-o e mostrando-o que seu problema pode ser superado e que sua deficiência não o tornava diferente dos outros. O que salvou o garoto não foi a descoberta da doença, mas sim, os novos métodos utilizados pelo educador, fazendo com que o menino aprendesse a lidar com sua diferença.



Falando sobre a Dislexia:

O que é Dislexia?

É importante saber que a dislexia não é uma doença, senão um distúrbio genético e neurobiológico que independe da preguiça, falta de atenção ou má alfabetização. O que ocorre é uma desordem no caminho das informações, o que inibe o processo de entendimento das letras e, por sua vez, pode comprometer a escrita. É claro que os sintomas da dislexia variam de acordo com os diferentes graus do transtorno, mas a pessoa tem dificuldade para decodificar as letras do alfabeto e tudo o que é relacionado à leitura. O disléxico não consegue associar o símbolo gráfico e as letras ao som que eles representam. Ele pode ser uma pessoa saudável e inteligente, porém com dificuldade acima do comum em aprender a ler. Geralmente, o disléxico possui um QI normal ou até mesmo acima do normal.


Quais os principais sintomas da Dislexia?

Os sintomas da dislexia variam de acordo com os diferentes graus do transtorno, mas a pessoa tem dificuldade para decodificar as letras do alfabeto e tudo o que é relacionado à leitura. O disléxico não consegue associar o símbolo gráfico e as letras ao som que eles representam. Podem confundir direita com esquerda, no sentido espacial, ou escrever de forma invertida, ao invés de “vovó”, “ovóv”, “topa” por “pato”. A dislexia também gera a omissão de sílabas ou letras como “transorno” para “transtorno”, até mesmo a confusão de palavras com grafia similar, por exemplo, n-u, w-m, a-e, p-q, p-b, b-d… Ter a necessidade de seguir a linha do texto com os dedos é outro sintoma de dislexia. O indivíduo sofre com a pobreza de vocabulário, escassez de conhecimento prévio, confusão com relação às tarefas escolares, podendo resultar num atraso escolar. A existência de casos de dislexia na família, dificuldades para compreensão de texto, reconhecer rimas e símbolos, decorar tabuada, inversão, acréscimo ou omissão de letras, saltar ou retroceder linhas no momento da leitura, são sinais de dislexia.
Alguns sinais que podem diagnosticar a dislexia:

– Quando a incompreensão na leitura ultrapassa a fase de alfabetização;

– A leitura é silabada;

– Faz adivinhações, por exemplo, entende a palavra “famoso” como “família” (pois esta última é mais frequente);

– Troca, omite ou inverte as letras durante a leitura;

– Substituição: “todos” por “totos”;

– Omissão: “Chuva forte” por “chuva fote”;

– Acréscimo de letras ou sílabas: “Estranho” por “estrainho”;

-Separação: “Está embaixo da cama” por “Está em baixo da cama”;

Ou “Caiu uma chuva” por “caiu um a chuva”;

– Junção: “A lua está entre as nuvens” por “Alua está entreas nuvens”.

Dislexia tem cura? Qual o tratamento?

Ainda não se conhece a cura para a dislexia. Mas, sabe-se que o tratamento da dislexia é um processo longo e que demanda persistência. Uma equipe multidisciplinar, formada por professor, pedagogo, psicólogo,psicopedagogo e fonoaudiólogo é fundamental para que você consiga não apenas conviver, como superar essa dificuldade. São eles que verificarão a importância do atendimento com outros profissionais, como neurologista.
É de extrema importância descartar a ocorrência de deficiências visuais e auditivas, déficit de atenção e problemas emocionais que possam dificultar o aprendizado para o diagnóstico de dislexia. Uma vez considerado o distúrbio, é chegado o momento de correr atrás de uma equipe multidisciplinar capacitada para fazer o diagnóstico e o tratamento. Diagnosticar que a pessoa é portadora de dislexia e conhecer os sintomas é o melhor caminho para evitar prejuízos escolares e sociais.

Fonte: http://www.centropsicopedagogicoapoio.com.br/

Para os educadores:



Quando houver suspeita de que um aluno possa ter um transtorno de aprendizagem, a escola deve providenciar junto às famílias o encaminhamento para avaliação multidisciplinar. A equipe escolar deve, ainda, promover o acompanhamento consistente e afirmativo dessas crianças e jovens, além de incentivar professores a desenvolver programas que favoreçam a integração social e o uso de ferramentas metodológicas que atendam a neurodiversidade em sala de aula.
Lembrem-se de que não podemos penalizar um indivíduo por possuir uma forma de aprender que não corresponde às expectativas da escola e ou da sociedade. Em geral, a abordagem escolar do aluno com transtorno de aprendizagem deve ser preventiva, individualizada, multissensorial e sequencial. 
Sugestões para lidar com alunos com dislexia ou outro transtorno específico de aprendizagem:

• A coordenação da escola deve informar aos professores de todas as disciplinas sobre a existência do transtorno e discutir com cada um deles quais estratégias serão empregadas.

• Evitar a solicitação de leitura em voz alta, em sala de aula.

• Oferecer a possibilidade de gravar as aulas expositivas, para que haja a opção de ouvir em casa.


• Disponibilizar tempo adicional para a elaboração de provas escritas e tarefas (em geral 25% a mais).


• Oferecer a oportunidade de o aluno ter um “tutor” para acompanhá-lo individualmente na escola e fora dela.


• Oferecer a oportunidade de responder às questões oralmente. 


• Valorizar a apropriação do conteúdo, independente da habilidade de leitura e escrita.

.• Explorar estratégias para a melhor compreensão do texto.

• Informar a família sobre a evolução do aluno, sobre as adaptações aplicadas e seus resultados.