segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Dislexia

Hoje vamos inaugurar o marcador "Saúde" com esse excelente vídeo falando sobre Dislexia.
Este vídeo faz parte do filme "Como estrelas na terra".
É um filme lindo, quem ainda não assistiu, fica a recomendação.
O filme conta a história de um menino e 9 anos chamado Ishaan Awasthi que sofre de dislexia e estuda em uma escola normal repetindo uma vez o terceiro período. O menino diz que as letras dançam em sua frente e não consegue acompanhar as aulas e nem prestar atenção. Seu pai o trata com rispideza e é claro que não acredita no problema do filho, acha que é falta de interesse da parte dele. Quando o pai é chamado na escola para conversar com a diretora, ele decide levar o filho a um internato. O menino fica com menos vontade de aprender e de ser uma criança, ele acaba ficando deprimido, sente a falta da mãe, do irmão mais velho e da vida. A filosofia do internato é "Disciplinar Cavalos Selvagens". De repente aparece um professor substituto de artes que tinha uma metodologia própria, diferente das regras do internato. Quando o professor conhece Ishaan, percebe que o menino sofre de dislexia e decide ajudá-lo. Este não era um problema desconhecido pelo professor já que quando pequeno teve o mesmo problema e decide tirar o garoto do abismo no qual se encontrava . Ele ensinou Ishaan a ler e escrever, a partir desse momento o menino vai superando a pressão da família e suas próprias limitações. O filme mostra a importância do professor e seu poder de transformação nos alunos e como deve ensinar de forma a estimular a compreensão deles tornando a sala de aula, um lugar agradável e estimulante. Na escola onde Ishaan estudava, os professores só corrigiam os erros gramaticais dele e não percebiam que ele era uma criança especial, que precisava ser compreendida, e junto com seu professor pode ampliar seus conhecimentos, desenvolvendo a habilidade de leitura e escrita. O educador consegue mobilizar a escola a respeito da diversidade que existe na sala de aula, mostrando que é possível fazer com que o aluno desenvolva sua capacidade de aprendizagem a partir da compreensão e do incentivo. 
O filme mostra uma lição de vida. Um garoto que foi tratado com respeito por um professor, que soube valorizar e entender as diferenças, usa como forma de expressão a arte, incentivando-o e mostrando-o que seu problema pode ser superado e que sua deficiência não o tornava diferente dos outros. O que salvou o garoto não foi a descoberta da doença, mas sim, os novos métodos utilizados pelo educador, fazendo com que o menino aprendesse a lidar com sua diferença.



Falando sobre a Dislexia:

O que é Dislexia?

É importante saber que a dislexia não é uma doença, senão um distúrbio genético e neurobiológico que independe da preguiça, falta de atenção ou má alfabetização. O que ocorre é uma desordem no caminho das informações, o que inibe o processo de entendimento das letras e, por sua vez, pode comprometer a escrita. É claro que os sintomas da dislexia variam de acordo com os diferentes graus do transtorno, mas a pessoa tem dificuldade para decodificar as letras do alfabeto e tudo o que é relacionado à leitura. O disléxico não consegue associar o símbolo gráfico e as letras ao som que eles representam. Ele pode ser uma pessoa saudável e inteligente, porém com dificuldade acima do comum em aprender a ler. Geralmente, o disléxico possui um QI normal ou até mesmo acima do normal.


Quais os principais sintomas da Dislexia?

Os sintomas da dislexia variam de acordo com os diferentes graus do transtorno, mas a pessoa tem dificuldade para decodificar as letras do alfabeto e tudo o que é relacionado à leitura. O disléxico não consegue associar o símbolo gráfico e as letras ao som que eles representam. Podem confundir direita com esquerda, no sentido espacial, ou escrever de forma invertida, ao invés de “vovó”, “ovóv”, “topa” por “pato”. A dislexia também gera a omissão de sílabas ou letras como “transorno” para “transtorno”, até mesmo a confusão de palavras com grafia similar, por exemplo, n-u, w-m, a-e, p-q, p-b, b-d… Ter a necessidade de seguir a linha do texto com os dedos é outro sintoma de dislexia. O indivíduo sofre com a pobreza de vocabulário, escassez de conhecimento prévio, confusão com relação às tarefas escolares, podendo resultar num atraso escolar. A existência de casos de dislexia na família, dificuldades para compreensão de texto, reconhecer rimas e símbolos, decorar tabuada, inversão, acréscimo ou omissão de letras, saltar ou retroceder linhas no momento da leitura, são sinais de dislexia.
Alguns sinais que podem diagnosticar a dislexia:

– Quando a incompreensão na leitura ultrapassa a fase de alfabetização;

– A leitura é silabada;

– Faz adivinhações, por exemplo, entende a palavra “famoso” como “família” (pois esta última é mais frequente);

– Troca, omite ou inverte as letras durante a leitura;

– Substituição: “todos” por “totos”;

– Omissão: “Chuva forte” por “chuva fote”;

– Acréscimo de letras ou sílabas: “Estranho” por “estrainho”;

-Separação: “Está embaixo da cama” por “Está em baixo da cama”;

Ou “Caiu uma chuva” por “caiu um a chuva”;

– Junção: “A lua está entre as nuvens” por “Alua está entreas nuvens”.

Dislexia tem cura? Qual o tratamento?

Ainda não se conhece a cura para a dislexia. Mas, sabe-se que o tratamento da dislexia é um processo longo e que demanda persistência. Uma equipe multidisciplinar, formada por professor, pedagogo, psicólogo,psicopedagogo e fonoaudiólogo é fundamental para que você consiga não apenas conviver, como superar essa dificuldade. São eles que verificarão a importância do atendimento com outros profissionais, como neurologista.
É de extrema importância descartar a ocorrência de deficiências visuais e auditivas, déficit de atenção e problemas emocionais que possam dificultar o aprendizado para o diagnóstico de dislexia. Uma vez considerado o distúrbio, é chegado o momento de correr atrás de uma equipe multidisciplinar capacitada para fazer o diagnóstico e o tratamento. Diagnosticar que a pessoa é portadora de dislexia e conhecer os sintomas é o melhor caminho para evitar prejuízos escolares e sociais.

Fonte: http://www.centropsicopedagogicoapoio.com.br/

Para os educadores:



Quando houver suspeita de que um aluno possa ter um transtorno de aprendizagem, a escola deve providenciar junto às famílias o encaminhamento para avaliação multidisciplinar. A equipe escolar deve, ainda, promover o acompanhamento consistente e afirmativo dessas crianças e jovens, além de incentivar professores a desenvolver programas que favoreçam a integração social e o uso de ferramentas metodológicas que atendam a neurodiversidade em sala de aula.
Lembrem-se de que não podemos penalizar um indivíduo por possuir uma forma de aprender que não corresponde às expectativas da escola e ou da sociedade. Em geral, a abordagem escolar do aluno com transtorno de aprendizagem deve ser preventiva, individualizada, multissensorial e sequencial. 
Sugestões para lidar com alunos com dislexia ou outro transtorno específico de aprendizagem:

• A coordenação da escola deve informar aos professores de todas as disciplinas sobre a existência do transtorno e discutir com cada um deles quais estratégias serão empregadas.

• Evitar a solicitação de leitura em voz alta, em sala de aula.

• Oferecer a possibilidade de gravar as aulas expositivas, para que haja a opção de ouvir em casa.


• Disponibilizar tempo adicional para a elaboração de provas escritas e tarefas (em geral 25% a mais).


• Oferecer a oportunidade de o aluno ter um “tutor” para acompanhá-lo individualmente na escola e fora dela.


• Oferecer a oportunidade de responder às questões oralmente. 


• Valorizar a apropriação do conteúdo, independente da habilidade de leitura e escrita.

.• Explorar estratégias para a melhor compreensão do texto.

• Informar a família sobre a evolução do aluno, sobre as adaptações aplicadas e seus resultados.




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